O cultivo de chá no Brasil
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O Brasil mantém uma forte tradição quanto ao cultivo da Camellia sinensis – cuja história,
apesar de fragmentada, remonta aos primórdios do século XIX, no período colonial. Tudo
começou em 1812, quando D. João VI determinou que sementes de chá fossem trazidas de
Macau ao Rio de Janeiro, então sede do império português, com o objetivo de produzir chá
e importá-lo para a Europa – ou seja, um excelente negócio!
Para garantir o êxito do empreendimento, o monarca também ordenou que trouxessem
cerca de 500 trabalhadores chineses para ajudar no plantio e processamento do chá. D.
João VI, aliás, estava tão interessado em iniciar o cultivo no Brasil que enviou algumas das
sementes ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro para pesquisas e desenvolvimento de
campo. Assim, nesse novo ambiente e, principalmente pelas técnicas de cultivo chinesas, a
iniciativa foi bem-sucedida – e a nova cultura prosperou.

Altos e baixos

Com o passar dos anos, por diversas razões – entre elas, a busca por oportunidades de
trabalho mais lucrativas (comércio, por exemplo) pelos trabalhadores que vieram da China
para produzir chá – as plantações foram praticamente abandonadas. Todavia, em 1824, ao
reconhecer a Camellia sinensis como um produto de grande valor, D. Pedro I (que se
tornara Imperador do Brasil) nomeou Frei Leandro do Sacramento diretor do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro – e a história tomou um novo rumo.

Declínio e ressurreição

Sob a batuta de Frei Leandro, a cultura do chá no Brasil ganhou um novo – e forte –
impulso. Ele criou documentos importantes sobre o cultivo e desenvolveu um projeto de
expansão em todo o país, além de importar máquinas, contratar mão-de-obra e fornecer
sementes para plantações em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Desafortunadamente,
porém, o frade morreu em 1929 – mas sua contribuição foi decisiva: em 1852, só o estado
de São Paulo produziu cerca de 30.000kg de chá.

Em 1873, vale ressaltar, a qualidade do chá brasileiro foi reconhecida mundialmente
durante uma exposição em Viena, Áustria. No entanto, com a abolição da escravatura em
1888, a produção tornou-se insignificante e quase se extinguiu – e a expansão da indústria
cafeeira foi uma das principais razões para que a situação chegasse a tal ponto. Em 1935,
porém, um ousado imigrante japonês acrescentaria um capítulo importantíssimo nessa
história, estabelecendo uma nova era para a cultura do chá em nosso país.

Mas essa é uma história que será contada, em detalhes, mais à frente. Seja como for, não
há dúvidas de que uma xícara de chá, além da incomparável experiência que proporciona,
reflete sua herança cultural – assim como o papel que desempenhou em meio aos eventos
sociais e econômicos que moldam a história das nações. E essa, certamente, é uma das
razões pelas quais a maravilhosa bebida proveniente da Camellia sinensis é cada vez mais
apreciada em todo o mundo.

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